quarta-feira, 18 de abril de 2012

Vôa, passarinho. Vôa!


Apaixonei-me por Rubem Alves quando ainda era adolescente. Muitas vezes sentia alegria ou alívio por ler, nas palavras dele, sentimentos ou pensamentos meus ( Narcisita, sim ...mas qual paixão não é?) A adolescência já terminou há anos, mas meu encanto pelo autor não. Além de me identificar com os temas que o Rubem trabalha , encanta-me a mágica que ele faz com as palavras. Trata de conteúdos pesados com leveza. Expõe nossos ridículos de forma elegante e engraçada. Rubem é Mestre, sedutor e mágico da vida. Abaixo transcrevo um trecho dele que reli por esses dias. Um trecho de mim mesma que o autor revela e que não me canso de lembrar:


" Vivi, durante muitos anos, numa gaiola de palavras. Eu gostava dela. Não me sentia engaiolado.Sentia-me protegido.Minha gaiola era minha armadura. Quando as gaiolas são de ferro é fácil perceber a prisão. Os prisioneiros sonham o tempo todo com fugas. Mas há gaiolas que não são feitas com ferro. São feitas com palavras, como dizem as Sagradas Escrituras, se fazem carne. Eu era a minha gaiola." (Rubem Alves)

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