sexta-feira, 27 de março de 2015

Ou isto, ou aquilo

Estamos vivendo um momento especial em nosso país. Talvez muitas pessoas ainda não tenham se dado conta desse fato. Mesmo quando se sentem sufocadas e pressionadas no meio de uma dicotomia reducionista na esfera política, acham que isso que está acontecendo pode ser "normal". Não, não é. Estamos (con)vivendo diariamente num clima de "guerra fria". Amigos e famílias têm, por exemplo, excluído membros do seu rol, tanto em instituições da vida real quanto no ciberespaço. Pessoas têm sido descartadas de vagas de emprego por concordarem ou discordarem do que pensam os empregadores e por aí vai...Pra muita gente parece que não, mas isto é um caso sério. Nossa sociedade está tendo a oportunidade de enxergar-se tacanha e corrigir-se, de entrar de vez numa guerra (isto é trágico) ou de voltar a ser morna e dissimulada (isto é triste).
As divisões entre as classe sociais já existiam, isto não é novo, nem mentira. O que é novo e mentira é que estamos necessariamente associados a um entre dois "times", apenas. O que é novo, é que estamos tendo uma oportunidade real de mudar o rumo da nossa história. O que é novo é que o próprio governo, apesar de suas tantas fragilidades e erros está investindo na revelação de várias corrupções que evolvem quase  todos os partidos políticos e não está colocando obstáculos para atrapalhar as investigações. Isto é novo. O que é mentira é que temos que nos odiar e entrar em guerra civil para que nosso país amadureça ainda mais e continue sua história em novo rumo.
Embora tenhamos aqui bastante pano para manga, vou encurtar o meu blá blá blá e deixarei  dois vídeos legais que dizem respeito a esta experiência pela qual estamos passando no país. Se você leu tudo o que escrevi até aqui, esta foi a parte chata, não desista agora.

Abaixo está o primeiro vídeo, que é mais informal e engraçadinho. Ele trata sobre os motivos (irracionais) que levam indivíduos a unirem-se a grupos extremistas com comportamentos estereotipados na arena política.


O segundo vídeo é um bom exemplo da forma como uma emissora de televisão poderosa procura manipular dados e induzir as pessoas a manterem essa visão simplista e tendenciosa sobre um assunto tão complexo, no caso, a corrupção. O entrevistado, Vitor Amorim de Angelo, não caiu nas armadilhas do entrevistador. Acho que nosso cientista político e historiador não será mais convidado a participar de entrevistas nesta emissora. Afinal, sinceridade é muito cara e a Rede Globo está falida... ;)


Nenhum comentário: